Cinco princípios básicos de adoração

490 princípios básicos de adoraçãoGlorificamos a Deus com nossa adoração porque respondemos a Ele como é certo. Ele merece elogios não apenas por seu poder, mas também por sua bondade. Deus é amor e tudo o que ele faz é por amor. Isso é digno de elogio. Nós até louvamos o amor humano! Louvamos as pessoas que dedicam suas vidas a ajudar os outros. Você não teve força suficiente para se salvar, mas você a usa para ajudar os outros - isso é louvável. Em contraste, criticamos as pessoas que tinham a capacidade de ajudar os outros, mas se recusaram a fazê-lo. A bondade merece mais elogios do que poder. Deus tem ambos porque ele é bom e poderoso.

Louvor aprofunda o vínculo de amor entre nós e Deus. O amor de Deus por nós nunca desaparece, mas o nosso amor por ele muitas vezes se torna fraco. Em louvor, deixamos que seu amor por nós ressoe e de fato acenda o fogo do amor por ele que o Espírito Santo investiu em nós. É bom lembrar e repetir como Deus é maravilhoso porque nos fortalece em Cristo e aumenta nosso desejo de nos tornar como Ele em Sua bondade, o que também aumenta nossa alegria.

Somos feitos para proclamar as bênçãos de Deus (1. Petrus 2,9) para louvá-lo e honrá-lo - e quanto melhor concordarmos com o propósito de Deus para nossas vidas, maior será nossa alegria. A vida é mais gratificante quando fazemos o que fomos criados para fazer: honrar a Deus. Fazemos isso não apenas em nossos cultos de adoração, mas também por meio de nosso estilo de vida.

O caminho da vida de adoração

Servir a Deus é um estilo de vida. Oferecemos nossos corpos e mentes como sacrifícios (Romanos 12,1-2). Servimos a Deus na pregação do evangelho (Romanos 1 Coríntios5,16) Servimos a Deus quando damos doações (Filipenses 4,18) Servimos a Deus quando ajudamos outras pessoas (Hebreus 13,16) Declaramos que ele merece nosso tempo, atenção e lealdade. Louvamos sua glória e humildade por ter se tornado um de nós por nossa causa. Louvamos sua justiça e sua misericórdia. Nós o louvamos porque ele é o que é.

Por isso somos feitos para anunciar sua glória. É justo que louvemos Aquele que nos criou, que morreu e ressuscitou para nos salvar e dar a vida eterna, que agora está trabalhando para nos ajudar a ser como ele. Nós devemos a ele nossa lealdade e nosso amor.

Fomos criados para louvar a Deus e sempre seremos. O apóstolo João recebeu uma visão de nosso futuro: "E toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra e no mar e tudo o que neles há, ouvi dizer: 'Ao que está assentado no trono, e ao ao Cordeiro seja louvado, e honra, e glória, e autoridade para todo o sempre!” (Apocalipse 5,13) Esta é a resposta apropriada: reverência por quem a reverência é devida, honra a quem a honra é devida e lealdade a quem a lealdade é devida.

Cinco princípios básicos

Salmo 33,13 exorta-nos: “Alegrai-vos no Senhor, ó justos; deixe o piedoso elogiá-lo corretamente. Dai graças ao Senhor com harpas; cantem-lhe louvores no saltério de dez cordas! cante-lhe uma nova canção; toque as cordas lindamente com um toque alegre!” As Escrituras nos orientam a cantar e gritar de alegria, a usar harpas, flautas, pandeiros, trombones e címbalos - até mesmo para adorá-Lo dançando (Salmos 149-150). A imagem é de exuberância, de alegria irreprimível e felicidade expressa sem restrições.

A Bíblia nos mostra exemplos de adoração espontânea. Ele também contém exemplos de adoração muito formal, com rotinas bem estabelecidas que foram seguidas por séculos. Ambas as formas de adoração podem ter sua justificativa; ninguém pode reivindicar ser o único direito autêntico de louvar a Deus. Abaixo, gostaria de descrever alguns dos princípios básicos que são importantes na adoração.

1. Somos chamados a adorar

Deus quer que o adoremos. Esta é uma constante que podemos ler do início ao fim da Bíblia (1. Mose 4,4; João 4,23; Apocalipse 22,9) A adoração a Deus é uma das razões pelas quais somos chamados: para proclamar sua glória [seus favores] (1. Petrus 2,9) O povo de Deus não apenas O ama e obedece, mas também realiza atos de adoração. Sacrifica, canta canções de louvor, reza.

Vemos uma grande variedade de maneiras pelas quais a adoração pode ocorrer na Bíblia. Muitos detalhes foram estabelecidos na lei de Moisés. Certas pessoas foram encarregadas de realizar ações prescritas em certos momentos e em certos lugares. Em contraste, vemos no 1. O livro de Moisés ensinava que os patriarcas tinham poucas regras para manter em mente em sua adoração. Eles não tinham sacerdócio designado, eram locais e tinham poucas instruções sobre o que e quando sacrificar.

Há também pouca discussão no Novo Testamento sobre como e quando a adoração deve acontecer. As atividades de culto não se limitam a um grupo ou local específico. Cristo aboliu os requisitos do mosaico. Todos os crentes são sacerdotes e estão constantemente se oferecendo como sacrifícios vivos.

2. Só Deus pode ser adorado

Embora haja uma grande variedade de formas de adoração, vemos uma constante simples que percorre toda a escritura: só Deus pode ser adorado. A adoração só é aceitável se for exclusiva. Deus exige todo o nosso amor - toda a nossa fidelidade. Nós não podemos servir dois deuses. Embora possamos adorá-lo de maneiras diferentes, nossa unidade é baseada no fato de que ele é o único que adoramos.

No antigo Israel, Baal, uma divindade cananéia, era frequentemente adorada em competição com Deus. Na época de Jesus, eram tradições religiosas, farisaísmo e hipocrisia. Tudo entre nós e Deus - tudo o que nos impede de obedecê-lo - é um falso deus, um ídolo. Para alguns, é o dinheiro; para outros, é o sexo. Alguns têm um grande problema com orgulho ou preocupação com sua reputação com os outros. O apóstolo João descreveu alguns dos falsos deuses usuais em uma de suas cartas:

Não ame o mundo! Não pendure seu coração no que pertence ao mundo! Quando alguém ama o mundo, o amor ao Pai não tem lugar em sua vida. Porque nada que caracteriza este mundo vem do pai. Quer seja a ganância do homem egoísta, sua aparência lasciva ou seus direitos e posses de se gabar - tudo isso tem sua origem neste mundo. E o mundo passa com seus desejos; mas quem age como Deus quer viverá para sempre. (1. Johannes 2,15-17 Nova tradução de Genebra).

Não importa qual seja a nossa fraqueza, devemos crucificar, matar, remover todos os falsos deuses. Se alguma coisa nos impede de obedecer a Deus, temos que nos livrar dela. Deus quer pessoas que adoram somente a ele, que o têm como o centro de suas vidas.

3. sinceridade

A terceira constante de adoração que a Bíblia nos diz é que nossa adoração deve ser sincera. Não há valor em fazê-lo apenas por uma questão de forma, cantando as músicas certas, reunindo-nos nos dias certos e pronunciando as palavras certas, mas não amando a Deus de todo coração. Jesus criticou aqueles que honravam a Deus com seus lábios, mas cuja adoração foi em vão porque seus corações estavam distantes de Deus. Suas tradições, originalmente concebidas para expressar amor e adoração, provaram ser obstáculos ao verdadeiro amor e adoração.

Jesus também enfatiza a necessidade de sinceridade quando diz que Deus deve ser adorado em espírito e em verdade (João 4,24) Se afirmamos amar a Deus, mas rejeitamos seus mandamentos, somos hipócritas. Se valorizarmos nossa liberdade acima de sua autoridade, não podemos adorá-lo verdadeiramente. Não podemos tomar sua aliança em nossas bocas e lançar suas palavras para trás (Salmos 50,16: 17). Não podemos chamá-lo de Senhor e ignorar suas instruções.

4. obediência

Em toda a Bíblia fica claro que a verdadeira adoração e obediência andam juntas. Isso se aplica especialmente à Palavra de Deus com relação à maneira como tratamos uns aos outros. Não podemos honrar a Deus se desprezamos seus filhos. "Se alguém diz: 'Eu amo a Deus', e odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê" (1. Johannes 4,20-21). Isaías descreve uma situação semelhante com críticas cortantes de pessoas que observam rituais de adoração enquanto praticam injustiça social:

Não faça mais ofertas de refeições fúteis! Eu odeio incenso! Luas novas e sábados, quando vocês se reúnem, não gosto de sacrilégio e assembléia festiva! Minha alma é inimiga de suas novas luas e festivais anuais; eles são um fardo para mim, estou cansado de carregá-los. E mesmo que você estenda suas mãos, vou esconder meus olhos de você; e mesmo que você ore muito, eu ainda não te ouço (Isaías 1,11-15).

Pelo que sabemos, não havia nada de errado com os dias que as pessoas guardavam, nem com o tipo de incenso, nem com os animais que sacrificavam. O problema era o modo de vida deles no resto do tempo. "Suas mãos estão cheias de sangue!", disse ele (versículo 15) - e o problema não era apenas sobre assassinos reais.

Ele exigiu uma solução abrangente: "Abandone o mal! Aprenda a fazer o bem, busque a justiça, ajude os oprimidos, restaure a justiça aos órfãos, administre a causa das viúvas” (versículos 16-17). Eles tiveram que colocar suas relações interpessoais em ordem. Eles tiveram que se livrar do preconceito racial, dos estereótipos de classe social e das práticas econômicas injustas.

5. Afeta tudo na vida

A adoração deve afetar a maneira como interagimos uns com os outros a cada sete dias por semana. Nós vemos este princípio em toda a Bíblia. Como devemos adorar? O profeta Miquéias fez esta pergunta e também escreveu a resposta:

Como devo aproximar-me do Senhor, curvar-me diante do Deus altíssimo? Devo abordá-lo com holocaustos e bezerros de um ano? O Senhor terá prazer em muitos milhares de carneiros, em inúmeros rios de óleo? Devo dar o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo pelo meu pecado? Disseram-te, homem, o que é bom e o que o Senhor te pede, nomeadamente, que guardes a palavra de Deus e pratiques o amor e seja humilde perante o teu Deus (Miquéias 6,6-8).

O profeta Oséias também enfatizou que os relacionamentos são mais importantes do que a sistemática da adoração: "Eu me agrado do amor e não do sacrifício, do conhecimento de Deus e não dos holocaustos" (Oséias 6,6) Além de louvar a Deus, somos chamados a fazer boas obras (Efésios 2,10) Nossa ideia de adoração deve ir muito além da música, dias e rituais. Esses detalhes não são tão importantes quanto a maneira como tratamos nossos entes queridos. É hipócrita chamar Jesus de nosso Senhor se não buscamos Sua justiça, misericórdia e compaixão.

A adoração é muito mais do que a ação externa - envolve uma mudança de comportamento que, por sua vez, vem de uma mudança na atitude do coração que o Espírito Santo nos traz. Decisivo nessa mudança é nossa disposição de passar tempo com Deus em oração, estudo e outras disciplinas espirituais. Esta mudança fundamental não está acontecendo magicamente - é devido ao tempo que passamos em comunhão com Deus.

A visão expandida de Paulo sobre a adoração

A adoração abrange toda a nossa vida. Lemos isso nas cartas de Paulo. Ele usa os termos sacrifício e adoração (adoração) da seguinte maneira: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Esta é a sua adoração racional" (Romanos 1 Cor.2,1) Queremos que toda a nossa vida seja adoração, não apenas algumas horas por semana. Se toda a nossa vida for devotada à adoração, certamente incluirá algum tempo com outros cristãos a cada semana!

Paulo usa outras paráfrases para sacrifício e adoração em Romanos 15,16. Ele fala da graça que Deus lhe deu para ser um servo de Cristo Jesus entre os gentios, aquele que dirige sacerdotalmente o evangelho de Deus para que os gentios se tornem um sacrifício agradável a Deus, santificado pelo Espírito Santo. A proclamação do evangelho é uma forma de adoração e adoração.

Uma vez que somos todos sacerdotes, é nosso dever sacerdotal proclamar os favores e as glórias daqueles que nos chamaram (1. Petrus 2,9)—um ministério de adoração que qualquer crente pode fazer ou participar ajudando outros a pregar o evangelho. Quando Paulo agradeceu aos filipenses por trazer o apoio financeiro, ele usou termos de adoração: "Recebi por meio de Epafrodito o que veio de vocês, um cheiro suave, uma oferta agradável, agradável a Deus" (Filipenses 4,18).

A assistência financeira para sustentar outros cristãos pode ser uma forma de adoração. A adoração é descrita em Hebreus como manifestada em palavras e ações: “Portanto, apresentemos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, que é o fruto dos lábios que confessam o seu nome. Não se esqueça de fazer o bem e compartilhar com os outros; pois tais sacrifícios agradam a Deus" (Hebreus 1 Cor.3,15-6).

Somos chamados a adorar, celebrar e adorar a Deus. É nosso prazer compartilhar, proclamar Seus benefícios - as boas novas do que Ele fez por nós em e através de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Cinco fatos sobre adoração

  • Deus quer que nós o adoremos, para encontrá-lo com louvor e ação de graças.
  • Somente Deus é digno de nossa adoração e fidelidade absoluta.
  • A adoração deve ser sincera, não uma performance.
  • Se adorarmos e amarmos a Deus, faremos o que ele diz.
  • Adoração não é apenas algo que fazemos uma vez por semana - inclui tudo o que fazemos.

O que pensar

  • Para qual atributo de Deus você é mais grato?
  • Alguns sacrifícios do Antigo Testamento foram completamente queimados - não deixando nada além de fumaça e cinzas. Uma de suas vítimas foi comparável?
  • Os espectadores torcem quando seu time marca um gol ou ganha um jogo. Respondemos com igual entusiasmo a Deus?
  • Para muitas pessoas, Deus não é muito importante na vida cotidiana. O que as pessoas valorizam em vez disso?
  • Por que Deus se importa em como tratamos as outras pessoas?

por Joseph Tkach


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