Nascimento virgem de Jesus

422 nascimento virginal de JesusJesus, o Filho eterno de Deus, tornou-se homem. Sem que isso aconteça, não pode haver Cristianismo verdadeiro. O apóstolo João expressou desta forma: Você deve reconhecer o Espírito de Deus assim: Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus. E esse é o espírito do Anticristo que você ouviu que estava chegando, e já está no mundo (1. João. 4,2-3).

O nascimento virginal de Jesus declara que o Filho de Deus se tornou plenamente humano enquanto permaneceu o que ele era - o eterno Filho de Deus. O fato de a mãe de Jesus, Maria, ser virgem, era um sinal de que ela não engravidaria por iniciativa ou participação humana. A concepção salutar no ventre de Maria foi através do trabalho do Espírito Santo, que uniu a natureza humana de Maria com a natureza divina do Filho de Deus. O Filho de Deus assumiu assim toda a existência humana: desde o nascimento até a morte, até a ressurreição e ascensão, e agora vive para sempre em sua humanidade glorificada.

Há pessoas que zombam da convicção de que o nascimento de Jesus foi um milagre de Deus. Esses céticos denunciam o registro bíblico e nossa crença nele. Considero suas objeções bastante paradoxais, pois, embora considerem o nascimento virginal uma absurda impossibilidade, elas representam sua própria versão de um nascimento virginal no contexto de duas afirmações básicas:

1. Eles afirmam que o universo surgiu de si mesmo, do nada. Quer dizer, temos o direito de chamar isso de milagre, mesmo que se diga que aconteceu sem intenção ou propósito. Se olharmos mais de perto suas designações de nada, fica claro que é uma quimera. Seu nada é redefinido como algo como flutuações quânticas no espaço vazio, bolhas cósmicas ou uma coleção infinita do multiverso. Em outras palavras, o uso do termo nada é enganoso, pois o nada deles é preenchido com algo - o algo do qual nosso universo emergiu!

2. Eles afirmam que a vida surgiu do inanimado. Para mim, essa alegação é muito mais "buscada" do que a crença de que Jesus nasceu de uma virgem. Apesar do fato cientificamente comprovado de que a vida vem apenas da vida, alguns conseguem acreditar que a vida se originou de uma sopa primordial sem vida. Embora cientistas e matemáticos tenham apontado a impossibilidade de tal evento, alguns acham mais fácil acreditar em um milagre sem sentido do que no verdadeiro milagre do nascimento virginal de Jesus.

Embora os céticos representar seus próprios modelos de nascimentos virgens, eles vêem um jogo justo para zombar cristãos, porque eles acreditam no nascimento virginal de Jesus, o que exige um milagre de um Deus pessoal que permeia toda a criação. Não é preciso presumir que aqueles que consideram a encarnação como impossível ou improvável aplicam dois padrões diferentes?

A Escritura ensina que o nascimento virginal foi um sinal milagroso de Deus (Isa. 7,14) que foi projetado para realizar suas intenções. O uso repetido do título "Filho de Deus" confirma que Cristo foi concebido e nasceu de uma mulher (e sem a participação de um homem) pelo poder de Deus. O apóstolo Pedro confirma que isso realmente aconteceu: pois não seguíamos fábulas elaboradas quando vos mostramos o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; mas vimos sua glória por nós mesmos (2. Pedro 1,16).

O testemunho do Apóstolo Pedro fornece uma clara e conclusiva refutação de todas as alegações de que o relato da encarnação, incluindo o nascimento virginal de Jesus, é um mito ou uma lenda. O fato do nascimento virginal atesta o milagre de uma concepção sobrenatural através do próprio ato divino de criação pessoal de Deus. O nascimento de Cristo foi natural e normal em todos os aspectos, incluindo todo o período da gravidez humana no ventre de Maria. Para que Jesus pudesse redimir todos os aspectos da existência humana, ele teve que assumir tudo, superar todas as fraquezas e regenerar nossa humanidade do começo ao fim. Para que Deus curasse a falta que o mal havia trazido entre ele e o povo, Deus teve que desfazer em si mesmo o que a humanidade havia feito.

Para que Deus se reconcilie conosco, ele teve que vir, revelar-se, aceitar o nosso e depois nos trazer para si mesmo, partindo da verdadeira raiz da existência humana. E isso é exatamente o que Deus fez na pessoa do eterno Filho de Deus. Enquanto permaneceu plenamente Deus, tornou-se perfeitamente um de nós, para que dentro e através dele possamos ter um relacionamento e comunhão com o Pai, no Filho, através do Espírito Santo. O autor da Carta aos Hebreus aponta para essa surpreendente verdade nas seguintes palavras:

Porque os filhos agora são de carne e osso, ele também o aceitou em igual medida, para que através de sua morte ele tomasse o poder daquele que tinha poder sobre a morte, ou seja, o diabo, e redimisse aqueles que pelo medo da morte em sua totalidade a vida tinha que ser servos. Porque ele não cuida dos anjos, mas cuida dos filhos de Abraão. Portanto, ele tinha que se tornar como seus irmãos em tudo para que pudesse ser misericordioso e um sumo sacerdote fiel diante de Deus para expiar os pecados do povo (Hb 2,14-17).

Em sua primeira vinda, o Filho de Deus na pessoa de Jesus de Nazaré era literalmente Emanuel (Deus conosco, Matt. 1,23) O nascimento virginal de Jesus foi o anúncio de Deus de que ele consertaria tudo na vida humana do início ao fim. Em sua segunda vinda, que ainda está por vir, Jesus vencerá e vencerá todo o mal, pondo fim a toda dor e morte. O apóstolo João colocou desta forma: E aquele que estava sentado no trono disse: Veja, estou fazendo novo tudo (Apocalipse 21,5).

Eu vi homens adultos chorando e testemunhando o nascimento de seus bebês. Às vezes falamos corretamente do "milagre do nascimento". Espero que você veja o nascimento de Jesus como o milagre do nascimento daquele que realmente "faz tudo novo".

Vamos celebrar juntos o milagre do nascimento de Jesus.

Joseph Tkach

Präsident
GRACE COMMUNION INTERNATIONAL


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